segunda-feira, 23 de agosto de 2010


OS DOIS SAPOS E UMA RÃ


Por Zé Barbudo
23 de agosto de 2010.

Não me lembro ao certo o dia nem a época, só sei que não tem muito tempo.
Eu tava na rua com o Zé Cara de Pau e o Zé Pessimista, nessa época o Zé do Caixão já tinha sido eliminado da guerra e fazia um bom tempo que eu e os dois primeiros Zé’s não fazíamos uma bagunça juntos.
Eu e o Zé Cara de Pau tavamos bebendo de leve pra ir pro Baile num clube aqui de Dores com uma banda de fora, o Zé Pessimista ia também, mas como ele sempre vai contra o que agente ta animado a fazer, beber ele não bebeu não. Passamos um “pouquinho” da conta como sempre e já estávamos em estado de quase loucura o Zé Pessimista na dele e eu e o Zé Cara de Pau já fazendo maior doideira na rua e foi em um desses vai e vens de zuação que agente topo com o Xixi um amigasso nosso.

Zé Cara de Pau – Fala rei o q q ta aprontando hoje?
Xixi – To numa festa de aniverssário de uma tia minha ali e depois vô pro baile.
Zé Cara de Pau – Tem mulher lá?
Xixi – A kra tem umas primas minhas de fora lá meio vagabundas.
Zé Cara de Pau – Uai tem berada lá não?
Xixi – Olha kra vê com o kra q ta no portão porque a festa é pra família mas por mim ta de boa.
Zé Cara de Pau – Zuando, zuando se eu animar depois apareço lá.

   O Xixi saiu de perto eu já dei um tapa no peito do Zé Cara de Pau e disse com aquela certeza absoluta que eu tenho das coisas quando to chapado. “Agente vai entrar nessa festa”!!!!!!!!!!
   Não deu outra eu e o Zé Cara de Pau já compramos nossa bebida e fomos pra lá porque não íamos beber a bebida dos outros né, somos “muito educados” e o Zé Pessimista achando ruim da gente ir porque ele tava são e tava morrendo de vergonha.
  
   Resumão dos fatos:
   Pelo fato de ser um homosexual a ficar no portão o Zé Cara de Pau não preciso usar mais de duas cantadas pra fazer o cara deixar agente entrar. Chegando lá dentro nos três sapos, vendo aquela festa parada meio família, botamos fogo nas primas “safadinhas” do Xixi, o Zé Cara de Pau pediu o kra q tava no som pra soltar umas músicas eletrônicas, na hora que agente chego tava tocando um som de 1900... e guaraná de rolha, ninguem merece. Agente começo a dançar até o chão com elas e com a mãe de uma também, o marido dela tava dormindo no sofá da casa, eu ainda chego na parte dele. O Zé Pessimista não fico muito tempo e saiu, ele não tava tão cara de pau igual agente por falta de álcool, ele entro como sapo e saiu como uma rã. Me lembro de todo mundo na festa olhando a bagunça que agente tava fazendo. Eu passava no meio das mesas cumprimentando todo mundo com a maior naturalidade, uma mulher fez questão de comentar com o cara que tava no portão pra eu e o Zé Cara de Pau ouvir que era pra ele não deixar qualquer um entrar porque tinha gente que não tinha sido convidado na festa. O Zé Cara de Pau já olhou pra mim com aquela kra de vamu vazar??
Eu virei pra ele e falei kra olha q festão ainda bem q agente é da família. Kkkkkkkk rachamos de rir e logo depois disso começamos a beber e a comer o que tinha lá também porque parentes de sangue mesmo agente era não mas naquele dia nós nos intitulamos aparentados e nos sentimos muito bem acolhidos e alcoolhidos também.
   As meninas de fora, lokinhas que tavam com agente foram no banheiro dentro da casa, eu já fui entrando e o Zé Cara de Pau comigo, passando na sala o pai de uma delas que eu mencionei acima tava dormindo com a luz apagada e a TV ligada. Eu nunca tinha visto o kra e nunca mais vi, só sei que cheguei bem perto dele e dei um gritasso EEEEEEEEPPPPPPPPPPPAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1. O kra acordo sem saber o que tava acontecendo e me olhou com uma kra de que tinha matado uns 9. Eu sai de perto entrei no quarto onde elas tinham entrado e elas começaram a me chingar falando pra eu sair, me fiz de mocinha e comecei a falar de homem com elas e aquele vexame q só eu sei dar quando alcoolizado.
   A festa já tinha ganhado outra kra, o pessoal das mesas tinha levantado pra ir dançar também e a bagunça foi coletiva e já tava sem controle, o Zé Cara de Pau me chamo pra ir pro baile eu falei – Não, não eu quero cantar os parabéns.
   Cantamos os parabéns, o pessoal abraçando a mulher que tava fazendo niver que até hoje não sei quem foi, aproveitei esse tempinho porque eu tinha achado a churrasqueira livre sem ninguém, catei carne de churrasco e enfiei nos bolsos, peguei uma garrafa fechada de cerveja e chamei o Zé Cara de Pau que tava no meio do tumulto pra sair.
   Fui indo na frente com os bolsos cheios de carne, mostrei pra ele e ele saiu de perto e eu sai pelo portão primeiro, uns minutinhos depois chega ele com a camisa tipo uma troxa cheia de carne com empadinha e aquela bagunçada cheia de farelo.
   Sentamos na pracinha que tem em frente a casa e rachamos de rir. Nunca ri igual esse dia, acho q nessa hora agente viu a merda que tínhamos feito. Comemos tudo, e déssemos a avenida pra ir pro baile. Nesse dia no baile agente fico tranqüilo, mesmo tontos não fizemos nada de mais não.

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkk.... a mãe de umas das garotas rebola beem!! :O.. hsuahsuas

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